3ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário
 

Eis que findamos a nossa 3ª Edição do Curso de Restauro Criativo de Mobiliário.

Tal como prometido, mostaremos o resultado final destas transformações feitas nas últimas semanas, mas desta vez e pela primeira vez houve uma peça que se iluminou e transformou-se num candeeiro.

Antes demais fica o nosso agradecimento à Soraia, a nossa única participante desta edição.

 

3ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário
 

Mais um sábado e mais um dia de oficina.

Uma manhã dedicada às pinturas de duas peças de mobiliário escolhidas pela nossa participante.

Aos poucos, as peças vão ganhando novos contornos e uma nova vida... e não vão ficar por aí.

Por isso, fiquem atentos e acompanhem os próximos passos.

3ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário


No passado sábado, começamos a nossa terceira edição do Curso.

Mas desta vez, fomos surpreendidos pelo facto da nossa participante não ter trazido uma peça de mobiliário. Qualquer das maneiras, uma vez que, já estamos habituados a fazer "omeletes sem ovos", a participante escolheu duas peças de madeira a seu gosto e esteve a lixá-las. 

Já têm alguma ideia de como estas peças irão transformar-se?

Acompanhem os próximos passos e a seu tempo poderão ver o resultado final.

 2ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário

Para finalizarmos todo este processo dos acabamentos, aplicamos uma cera de acabamento nas duas peças.

Este processo é simples; aplicamos a cera com um pincel e esperamos cerca de 10 a 15 minutos para puxarmos o lustre, com a ajuda de um pano ou outro tecido.

Posto isto, findamos a nossa segunda Edição do Curso de Restauro de Móveis.

Só nos resta agradecer às nossas duas participantes: à Bernardete e à Liliana por termos superado mais este desafio.

Tal como prometido, este é o resultado final destas duas transformações.

2ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário


Nas duas últimas semanas as participantes pintaram cada uma a sua peça.

No caso da cadeira tivemos que dar duas demãos de tinta de giz branca. 

Após ficar seca, fizemos um tampo novo que foi estofado com tecido com a preciosa ajuda de um agrafador de estofador.

Já no caso do móvel tivemos que dar duas demãos com tinta de giz azul mais uma primeira demão de tinta de giz vermelha.

Para finalizarmos todo este processo, só falta aplicarmos uma cera de acabamento.

No fim do Curso mostraremos o resultado final.

2ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário

Eis que arrancamos uma nova edição do Curso de Restauro de Móveis.

Desde logo foi diferente, porque chegaram-nos duas peças de mobiliário parecidas ao do primeiro curso. Mas com uma semelhança notável, que é a seguinte: ambas chegaram intactas, ou seja, sem bicho da madeira.

No caso do móvel tivemos o cuidado de o limpar e de o lixar. Já no caso da cadeira tivemos que tirar todo o assento, porque estava degradado e tivemos ainda de arrancar pregos e lixá-la para não provocar danos.

Montras de São João

Por tradição o mês de Junho é dos Santos Populares e no Porto, o São João não é excepção.

Com muita imaginação celebramos assim o São João.

De máscara ainda assim apreciemos o cheirinho a manjerico no Bonfim.

1ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário

E eis que no passado fim de semana, findamos o nosso primeiro Curso de Restauro de Mobiliário.

Antes de mostrar o resultado final, resta-nos agradecer às nossas duas primeiras participantes: a Rute e a Cláudia pelo desafio.

Tal como prometido, agora sim, este é o resultado final destas duas transformações.

1ª Edição do Curso de Restauro de Mobiliário

Eis que começou a primeira edição do Curso de Restauro de Mobiliário.

Nesta primeira edição contamos com duas peças diferentes: uma cadeira e uma mesa de cabeceira.

É um upcycling diferente daquele daquele que temos vindo a abordar e trabalhar, porque não transforma-mos as peças que nos chegaram mas de certo modo prolongamos a sua vida. Basicamente, relembramos o seu passado, dando-lhe um novo futuro.

Os  passos a ter em conta são:

  • Limpeza do objecto;
  • Lixá-lo;
  • Verificar se tem bicho da madeira. Se tiver, aplicamos os produtos necessários para eliminar-mos;
  • Aplicamos um tapa poros;
  • Voltamos a lixar;
  • Pintá-lo se pretender;
  • Dar-lhe uma cera de acabamento.

Na próxima semana, mostramos o resultado final destas duas transformações.

Curso Online "Vamos dar ao serrote"

Foi a partir da criação deste Curso Online, feito no confinamento, que abordamos muitos conteúdos, nas últimas semanas, dos quais se destacam: Criatividade, Inovação, diferença entre Reciclagem e o Upcycling, Economia Circular,  e Sustentabilidade.

Na sua maioria, o Curso foi teórico, devido ao maldito vírus que nos impossibilitou de estarmos juntos como gostaríamos. Mas o que gostamos mesmo é de por as mãos na massa, como quem diz, transformar-mos uma peça ao nosso gosto. E foi isso que aconteceu com as duas participantes, de seu nome, Mariana e Margarida, de quem nós estamos gratos por terem a paciência de nos ouvirem em tempos controversos.

Como já é nosso apanágio, quase todos os objectos ganham uma luz própria e se transformam em candeeiros. E o mais exemplo recente é o cão que aparece na imagem. Aparentemente, é um simples cão de louça, mas que ganhou uma nova luz e agora é um  candeeiro.

Diferença entre reciclagem e Upcycling

O termo Upcycling tem como principal objectivo o reaproveitamento de materiais e objectos que seriam deitados ao lixo. Esta é uma boa alternativa que colabora para a redução de matérias primas e prolonga a vida útil de matérias que passariam muito tempo em aterros sanitários.


Nos últimos anos, vários designers têm dado novas funcionalidades para objectos e também novas formas de enxergá-los.

A pensar no meio ambiente, os profissionais criam produtos através de resíduos que não serão mais utilizados e esse é um dos grandes motivos que tem popularizado o termo embora muitas pessoas possam confundir o termo com o objectivo da reciclagem, sendo eles distintos.

O Upcycling traz um novo conceito e um novo propósito para materiais que serão descartados, agregando um valor com criatividade. Não tem a ver com a reciclagem de materiais, pois a reciclagem muitas vezes envolve conversões de materiais em produtos de menor qualidade. No Upcycling é dado mais valor aos produtos em desuso com o intuito da continuidade do ciclo de vida do produto.

Um objecto que passa pelo processo de Upcycling geralmente possui uma qualidade igual ou superior ao objecto original devido ao toque de design que enriquece a peça. O Upcycling pode ser aplicado em diferentes segmentos na indústria da rocha, na reutilização de móveis e até em lojas de objectos decorativos.

Além disso, também tem a questão de como a redução do consumo de energia da poluição da água e do ar e inclusive, de emissões de gases de efeito de estufa. É por conta desse olhar para o meio ambiente que o conceito ganha cada vez mais adeptos.

Para quem está preocupado com questões ambientais ou tem interesse em colaborar com a preservação do meio ambiente, o conceito Upcycling pode ser aplicado no dia a dia. Portanto, basta usar um pouco da criatividade e agregar valor a um objecto que seria descartado e que poderá aumentar assim a vida útil desse objecto.


Definição de reciclagem:


A reciclagem é um processo de transformação aplicado a materiais que podem voltar ao estado original, transformando-se em produtos iguais em todas as suas características, sendo um conceito diferente do conceito de Upcycling.


Qual a cor dos depósitos para a reciclagem?

A selecção de materiais para a reciclagem segue um sistema de cores estabelecidas num depósito que pode variar em diferentes países.

Em Portugal para facilitar a separação dos resíduos:

  • Ecoponto amarelo: serve para colocar todas as embalagens de plástico e metal, como garrafas de água, sumos e óleos alimentares. Não deve colocar papel e cartão, pilhas, electrodomésticos e outros plásticos que não embalagens;

  • Ecoponto azul: Pode-se depositar caixas de cartão, revistas, jornais e papel de escrita e impressão. Não deve depositar produtos tóxicos, papel sujo, toalhitas, fraldas, papel vegetal ou plastificado e autocolantes;

  • Ecoponto verde: Pode-se colocar garrafas, frascos e boiões. Não pode depositar louças e cerâmicas, vidro plano, janelas, cristais, espelhos, lâmpadas e frascos de medicamentos.

O que é a inovação?

  • A palavra inovação é derivada do termo latino innovatio, e  refere-se a uma ideia, método ou objecto que é criado e que pouco  parece-se com padrões anteriores. Hoje, a palavra "inovação" é mais usada no contexto de ideias e invenções assim como a exploração económica relacionada, sendo que inovação é invenção que chega no mercado. Actualmente, a separação entre inovação e produção é considerada fraca, às vezes tendendo a se mesclar e confundir com o passar do tempo.


  • De acordo com Christopher Freeman, inovação é o processo que inclui as actividades técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados) produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos.
  • Inovação pode ser também definida como fazer mais com menos recursos, por permitir gamas de eficiência em processos, quer produtivos quer administrativos ou financeiros, quer na prestação de serviços, potencializar e ser motor de competitividade.
  • Inovação é um processo criativo, transformador, que promove ruptura paradigmática, mesmo que parcial, impactando positivamente a qualidade de vida e o desenvolvimento humano.
  • Inovação pode ser diferenciada em tipos de inovações, entre outros:
  • Inovação do produto (mais amplo: inovação tecnológica): introdução no mercado de novos ou significativamente melhorados produtos ou serviços. Inclui alterações significativas nas suas especificações técnicas, componentes, materiais, software incorporado, interface com o utilizador ou outras características funcionais;
  • Inovação do processo: implementação de novos ou significativamente melhorados processos de produção ou logística de bens ou serviços. Inclui alterações significativas de técnicas, equipamentos ou software;
  • Inovação organizacional: implementação de novos métodos organizacionais na prática do negócio, organização do trabalho e/ou relações externas;
  • Inovação de marketing: implementação de novos métodos de marketing, envolvendo melhorias significativas no design do produto ou embalagem, preço, distribuição e promoção dos mesmos;
  • Inovação Afectiva: Implementação de novos produtos, serviços, métodos que melhorem significativamente a conexão entre pessoas, possibilitando a humanização das relações e o desenvolvimento de soluções cooperativas.



O que é a Criatividade?

  • A criatividade é uma condição inerente ao ser humano.
  • A criatividade desenvolve-se e promove-se através de competências, habilidades e atitudes.
  • Não há só uma maneira de definir-mos a palavra criatividade.
  • No censo comum definimos como uma capacidade de nos exprimir-mos de uma maneira original.
  • Para os autores é o processo de gerar ideias novas e manifestá-las, criando algo com o resultado. Depende da inteligência, porque ser inteligente é ter a capacidade de relacionar ou associar novos conceitos, proporções e coisas.
  • A criatividade é uma condição do ser humano, que se manifesta de diversas maneiras e produz diversos efeitos.

A pessoa criativa tem sempre como premissas pessoais:

  • Optimismo;
  • Tolerância;
  • Auto exigência;
  • Comunicação;
  • Iniciativa e persistência;
  • Coragem para cometer riscos;
  • Capacidade de associar ideias;

O que é a Economia Social?

A economia Social é um termo ambíguo uma vez que convive com os conceitos de terceiro sector, terceiro sistema, sector do voluntariado, economia alternativa, economia de interesse geral, sector sem fins lucrativos, economia solidária e outros que, embora tentem descrever realidades semelhantes, nem sempre delimitam o mesmo campo de actividade. Por exemplo, o conceito de terceiro sector tem sido usado para descrever uma realidade que engloba o sector sem fins lucrativos e a Economia Social, que não coincidem exactamente, embora existam áreas de sobreposição.

As organizações fruto do empreendedorismo social visam responder a necessidades sociais que não encontram oferta suficiente ou adequada nos sectores público e privado, podendo dizer-se que o seu conjunto forma a Economia Social, que tem assumido grande notoriedade face aos problemas e necessidades sociais. A Economia Social foi definida pela Comissão das Comunidades Europeias na Comunicação ao Conselho de 18 de Dezembro de 1989 da seguinte forma: "uma empresa pertence à Economia Social se a sua actividade produtiva se basear em técnicas de organização assentes nos princípios de solidariedade e participação entre membros, sejam produtores, utilizadores ou consumidores, e nos valores de autonomia e cidadania.

Em termos nacionais, a Economia Social abrange:

  1. o subsector do mercado, constituído por cooperativas, mutualidades, grupos empresariais controlados por cooperativas, outras entidades da Economia Social e outras empresas sem fins lucrativos;
  2.  o subsector de "não-mercado", formado por todas as organizações da Economia Social cujos critérios das contas nacionais consideram como produtores não-mercantis que fornecem a produção gratuitamente ou a preços insignificantes. As unidades destes dois subsectores possuem características comuns: são privadas; são organizadas formalmente, sendo dotadas de personalidade jurídica; possuem autonomia de gestão; têm liberdade de filiação; a distribuição de eventuais lucros ou excedentes entre os filiados/usuários não é feita de forma proporcional ao capital ou às cotizações dos membros, mas em função da sua actividade ou participação na organização; exercem uma actividade económica por direito próprio para atender a necessidades de pessoas, lares ou famílias; e são organizações democráticas.


Tempo de Decomposição dos Resíduos na Natureza

Na Natureza existem milhares de resíduos. Mas será que sabemos quanto tempo é que eles demoram a decompor na Natureza? As imagens abaixo mostram-nos o tempo que alguns resíduos demoram a decompor-se.

Jornal 2 a 6 semanas
Jornal 2 a 6 semanas
Cascas de fruta 3 meses
Cascas de fruta 3 meses
Guardanapos de papel 3 meses
Guardanapos de papel 3 meses
Embalagens de papel 1 a 4 meses
Embalagens de papel 1 a 4 meses
Fósforos 2 anos
Fósforos 2 anos
Beatas de cigarro 2 anos
Beatas de cigarro 2 anos
Filtros de cigarro 5 anos
Filtros de cigarro 5 anos
Pastilhas elásticas 5 anos
Pastilhas elásticas 5 anos
Madeira 10 a 15 anos
Madeira 10 a 15 anos
Nylon 30 a 40 anos
Nylon 30 a 40 anos
Tampas de garrafa 100 a 500 anos
Tampas de garrafa 100 a 500 anos
Pilhas 100 a 500 anos
Pilhas 100 a 500 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Embalagens de alumínio 200 a 500 anos
Embalagens de alumínio 200 a 500 anos
Embalagens de plástico até 450 anos
Embalagens de plástico até 450 anos
Pensos higiénicos 500 a 800 anos
Pensos higiénicos 500 a 800 anos
Linha de pesca 800 anos
Linha de pesca 800 anos
Esferovite 1 milhão de anos ou mais
Esferovite 1 milhão de anos ou mais
Garrafas de vidro 1 milhão de anos ou mais
Garrafas de vidro 1 milhão de anos ou mais
Cerâmica Indeterminado
Cerâmica Indeterminado
Nuclear Indeterminado
Nuclear Indeterminado

Quais são os 7 pilares da Economia Circular?

Dando continuação ao tema da Economia Circular é importante referir que existem 7 pilares.

  • Os materiais são reciclados continuamente em alto valor:

A complexidade do material é conservada pela cascata de materiais na sua forma mais complexa em maior tempo possível. Os ciclos materiais são projectados para terem comprimentos apropriados para as escalas de tempo humanas e os ciclos naturais aos quais estão conectados. Os materiais escassos são preferencialmente reciclados em intervalos mais curtos para que possam ser recuperados mais cedo para reutilização. Os materiais são transportados dentro de uma área geográfica tão pequena quanto possível. Os materiais não são misturados de maneiras que impossibilitem a separação e a recuperação, a menos que possam continuar a circular infinitamente com alto valor na sua forma mista (embora isso ainda não seja ideal porque limita a escolha). Os materiais são usados ​​apenas quando necessários: há uma preferência inerente pela desmaterialização de produtos e serviços.

  • Toda a energia é baseada em excedentes renováveis:

Os materiais necessários para as tecnologias de geração e armazenamento de energia são projectados para recuperação no sistema. A energia é pressionada e distribuída de forma inteligente quando valores mais baixos de energia estão disponíveis para uso, como a cascata de calor. A densidade do consumo de energia é correspondida à densidade da disponibilidade local de energia para evitar perdas energéticas estruturais no transporte. A conversão entre os tipos de energia é aviada, assim como o transporte. O sistema é projectado para máxima eficiência energética sem comprometer o desempenho e a produção de serviço do sistema.

  • A biodiversidade é apoiada e aprimorada por meio da actividade humana:

Como um dos princípios fundamentais de autuação numa economia circular é preservar a complexidade, preservar a biodiversidade é uma das principais prioridades. Habitais, especialmente habitats raros, não são invadidos ou estruturalmente danificados por actividades humanas. Preservação da diversidade ecológica é uma das principais fontes de resiliência para a biosfera. Perdas materiais e energéticas são toleradas em prol da preservação da biodiversidade, sendo uma prioridade muito maior.

  • A sociedade e a cultura humanas são preservadas:

Como outra forma de complexidade e diversidade (e, portanto, resiliência), as culturas humanas e a coesão social são extremamente importantes para manter. Numa economia circular, os processos e as organizações usam modelos de governação e gestão apropriados e garantem que eles reflitam as necessidades das partes interessadas afectadas. Actividades que prejudicam estruturalmente o bem-estar ou a existência de culturas humanas únicas são evitadas, mesmo com alto custo.

  • A saúde e o bem-estar dos humanos e de outras espécies são estruturalmente sustentados:

As substâncias tóxicas e perigosas são minimizadas e mantidas em ciclos altamente controlados e, em última análise, devem ser totalmente eliminadas. As actividades económicas nunca ameaçam a saúde ou o bem-estar humano em uma economia circular. Por exemplo, a reciclagem bem-sucedida de lixo electrónico fazendo com que as pessoas queimem em fogo aberto não é considerada uma actividade "circular", apesar de resultar na recuperação de material.

  • As actividades humanas maximizam a geração de valor social:

Actualmente, os materiais e a energia não estão disponíveis numa medida infinita, portanto, o seu uso deve contribuir significativamente para a criação de valor social. As formas de valor além do financeiro incluem: estético, emocional, ecológico, etc. Elas não podem ser reduzidas a uma medida comum sem fazerem aproximações grosseiras ou impor julgamentos de valor subjectivos; eles são, portanto, reconhecidos como categorias de valor em seu próprio direito. A escolha de usar recursos maximiza a geração de valor em tantas categorias quanto possível, em vez de simplesmente maximizar o retorno financeiro.

  • Os recursos hídricos são extraídos e reciclados de forma sustentável:

A água é um dos nossos recursos compartilhados mais importantes: a quantidade e qualidade suficientes da água são essenciais para nossa economia e nossa sobrevivência. Numa economia circular, o valor da água é mantido, reciclando-a para reutilização indefinida e, simultaneamente, recuperando recursos valiosos dela sempre que possível. Os sistemas e tecnologias de água minimizam o uso de água doce e maximizam a recuperação de energia e nutrientes das águas residuais. A protecção de bacias hidrográficas é priorizada e as emissões prejudiciais aos ecossistemas aquáticos são evitadas como prioridade.

Quais são os Benefícios da Economia Circular?

Há acerca de 2 semanas falamos sobre o que é a Economia Circular. Quais são os benefícios da Implementação da Economia Circular na Sociedade em termos económicos, sociais e ambientais?

  • Nível económico:
  1. benefícios e oportunidades estratégicas a longo prazo;
  2. resposta rápida e eficiente a problemas como a volatilidade no preço das matérias-primas e a limitação dos riscos de fornecimento de produtos;
  3. implementação de novos modelos de negócios pressupondo uma relação de proximidade entre produtor e consumidor;
  4. melhoria da competitividade económica;
  5. conservação do capital natural;
  6. redução do défice comercial dos países;
  7. poupança na aquisição de matérias-primas e em custos energéticos;
  8. desenvolvimento da economia local;
  9. benefícios fiscais na criação de projectos;
  10. desenvolvimento das tecnologias e inovação digital;
  11. maximização da utilidade dos produtos;
  12. E por último ao primeiro termo que abordamos que é o Upcycling: dar nova utilidade aos produtos que se encontram danificados ou inutilizados, ou em fim de vida;
  • Nível ambiental:
  1. redução nas emissões de dióxido de carbono e na produção de resíduos;
  2. combate às alterações climáticas;
  3. manutenção dos ecossistemas e preservação dos habitats;
  4. menor degradação do solo;
  5. minimização da extracção de matéria-prima;
  6. maior uso de energias renováveis;
  7. redução de emissões de Gases com Efeito de Estufa;
  8. melhoria da eficiência industrial (simbiose industrial);
  9. neutralidade carbónica;
  10. criação de tecnologias inovadoras ("amigas" do ambiente);
  11. dar prioridade a recursos regenerativos, ou seja, fazer com que os produtos que são criados utilizem materiais ou recursos reutilizáveis e que não sejam tóxicos para o meio ambiente.
  • Nível Social:
  1. aumento da qualidade de vida dos cidadãos;
  2. acesso facilitado na adquirição de novos produtos (como também, um custo mais barato);
  3. relações colaborativas entre empresas;
  4. sinergias entre diferentes actores e sectores a várias escalas;
  5. maior dinamismo social;
  6. empregos mais qualificados;
  7. poupança no consumo de materiais e recursos;

O PAEC (Plano de Acção para a Economia Circular ) para Portugal estabelece quatro metas distintas para 2050 apropriadas pelos diversos ministérios, sociedade civil e organizações privadas:

  • Neutralidade carbónica e uma 18economia eficiente e produtiva no uso de recursos:

Economia portuguesa neutra em emissões de Gases com Efeito de Estufa e eficaz no uso de materiais (redução significativa da extracção e importação de materiais, redução significativa dos resíduos finais produzidos, melhor gestão e extracção de valor dos recursos em circulação);

  • Conhecimento como impulso:

A aposta em investigação e inovação converte -se em soluções -no produto, no serviço, no modelo de negócio,no consumo/utilização, no comportamento -com menos intensidade em emissões e recursos, integradas em modelos de negócio que impulsionem a criação de emprego, o uso eficiente e eficaz dos recursos mobilizados, e uma valorização económica prolongada dos mesmos;

  • Prosperidade económica inclusiva e resiliente:

Desenvolvimento económico transversal a todos os sectores da sociedade, resiliente face à volatilidade de preços e risco, progressivamente desacoplado de impactes ambientais e sociais negativos;

  • Sociedade florescente, responsável, dinâmica e inclusiva:

Uma sociedade informada, participativa e mais colaborativa -uma sociedade guiada pelo ser e pelo cuidar, em oposição ao querer e possuir e que preserva e cuida do seu capital natural;

Existem  três níveis de actuação de medidas circulares, no território Português:

  • Macro: acções de âmbito estrutural, com potencial de produzir efeitos transversais e sistémicos que potenciam a apropriação de princípios da Economia Circular pela sociedade;
  • Meso (ou sectoriais): acções ou iniciativas definidas e assumidos pelo conjunto de intervenientes na cadeia de valor de sectores considerados críticos para o aumento da produtividade e de utilização eficiência de recursos do país, capturando benefícios económicos, sociais e ambientais;
  • Micro (ou regionais/locais): acções ou iniciativas definidos e assumidos pelo conjunto de agentes económicos regionais e/ou locais, que incorporam o perfil económico local e o valorizam na abordagem aos desafios sociais.



O que é a Sustentabilidade?

Nos últimos tempos ouvimos muito falar de Sustentabilidade. Mas afinal de que é que falamos quando falamos de Sustentabilidade?

É a capacidade de satisfazer-mos as nossas necessidades no presente sem comprometer-mos a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.

O propósito da Sustentabilidade é conjugar as necessidades humanas com as do mundo natural, procurando que coexistam em harmonia.

Há muitos anos em que vivemos num mundo consumista, isto é, nos últimos anos temos explorado com maior frequência os recursos naturais para satisfazer-mos níveis de conforto e exigência crescentes. Isto é uma preocupação que devemos ter, tendo em conta que todos os anos, gastamos mais 40% de recursos, muito mais do que aqueles que conseguimos repor. Temos que mudar já a maneira como consumimos.

Há três pilares que têm de estar sempre em sintonia e integrados:

  • Sustentabilidade económica:

Fundamenta num modelo de gestão sustentável. Isto implica uma gestão adequada dos recursos naturais que têm como objectivo o crescimento económico, o desenvolvimento social e a melhoria da distribuição de renda. Isto é, corresponde à capacidade de produção, de distribuição e de utilização das riquezas produzidas pelo homem, em busca de uma justa distribuição de renda.

  • Sustentabilidade social:

É baseada na redução da desigualdade entre os povos, com a manutenção de uma vida digna e com garantia das necessidades básicas do ser humano, como a saúde, a educação ou a cultura estarem cobertas.

  • Sustentabilidade ambiental:

A sustentabilidade ambiental é, provavelmente, o pilar mais amplamente discutido. Nos últimos meses, temos assistido à emergência de movimentos estudantis pró-ambiente, com as greves estudantis a ocuparem o palco mediático mundial, e com a activista ambiental Greta Thunberg no centro de todas as atenções.

A sustentabilidade ambiental preconiza a necessidade de conservar e gerir adequadamente os recursos naturais, sobretudo os não renováveis, ou os que são fundamentais ao suporte da vida. Para tal, foca-se em acções concretas para minorar a poluição do ar, da água e dos solos, e preservar a diversidade biológica.

O objectivo é garantir a protecção e a qualidade do ambiente, bem como, promover um consumo responsável dos recursos naturais. Embora seja o último pilar, é, na verdade, o principal, e o que mais impacto tem no futuro da humanidade.

Quais são os objectivos de sustentabilidade para as nós e o planeta?

  • Eliminar a pobreza e fome;
  • Melhorar a educação e a saúde e bem-estar, e garantir o acesso à água potável e saneamento;
  • Alcançar a igualdade de género e reduzir as desigualdade;
  • Crescimento económico sustentável, consumo e produção responsáveis e inovação nas indústrias e infraestruturas;
  • Cidades e comunidades sustentáveis;
  • Acção climática que promova a vida na terra e nos oceanos;


Quais são os benefícios sustentabilidade ambiental?

  • A diminuição da poluição nos rios, terra e atmosfera;
  • A preservação dos recursos naturais (florestas, oceanos, lagos...);
  • A manutenção da vida terrestre com qualidade e dignidade, sem agredir o meio ambiente;
  • Evitar grandes catástrofes naturais provocadas pelos impactos ambientais.


Em Portugal, num ano:

  • Desperdiçamos cerca de 324k toneladas de alimentos ;
  • 484kg/ano/habitante, sendo que destes apenas uma pequena percentagem é reciclada;
  • 25%do total das emissões de gases com efeito de estufa o transporte pessoal e de produtos tem um impacto determinante na produção de CO2.

São realmente números assustadores e que queremos que não se voltem a repetir. Por isso está nas nossas mãos mudarmos a maneira como nos comportamos perante o mundo.

O que é a Economia Circular?

Todos os anos são produzidos cerca de 2,5 mil milhões de toneladas de lixo. São de facto números assustadores que nos dão que pensar da  maneira como nós consumimos. Mas para reduzirmos drasticamente este números temos que viver numa Economia Circular.

Em 2020, a União Europeia já começou a actualizar a sua legislação relativa à gestão de resíduos para promover a mudança de uma economia linear para uma economia circular.

Já em Fevereiro de 2021,  o Parlamento votou o novo plano de acção para a economia circular exigindo medidas adicionais para alcançar uma economia neutra em termos de carbono, sustentável, livre de substâncias tóxicas e totalmente circular até 2050.

Na prática é uma economia que promove a redução redução do desperdício ou dos resíduos ao mínimo. Quando olhamos para um resíduo que está em fim de vida, esse resíduo poderá ser transformado tendo um maior valor acrescentado.

Vai-nos trazer muitos benefícios como por exemplo:

  • Nas empresas vai permitir uma redução das emissões anuais totais de gases com efeito de estufa. Actualmente, a produção de materiais de uso quotidiano é responsável por 45% das emissões de CO2;
  • redução da pressão sob o ambiente;
  • maior segurança no aprovisionamento de matérias-primas;
  • aumento da competitividade;
  • promoção da inovação;
  • o estímulo ao crescimento económico (um aumento adicional em 0,5% do PIB da UE);
  • a criação de empregos (cerca de 700 000 postos de trabalho na UE até 2030).

Para além disso, pode fornecer-nos produtos mais duradouros ​​e inovadores, com vista a melhorar-mos  a nossa qualidade de vida permitindo poupar-mos dinheiro a longo prazo.

Esta é a diferença entre a Economia Linear(aquela em que vivemos) e a Economia Circular(aquela em que esperamos viver).


A Economia também é feita por pessoas. Por isso o factor Social ser muito importante no tipo de Economia que queremos viver. Isto é, numa Economia mais Sustentável e Inclusiva, onde temos de ter Empatia pelos outros, ou seja, por-mo-nos no lugar do outro e não julgá-lo pela imagem, na maior parte das vezes  primeiro impacto.

Os nossos objectivos passam por:

  • Contribuir para a promoção de um desenvolvimento económico sustentável e justo;
  • Educar para a sustentabilidade e protecção ambiental, através do reaproveitamento de recursos e do consumo consciente, em crianças, jovens e adultos;
  • Contribuir para a promoção do sucesso escolar de crianças e para a promoção do seu desenvolvimento pessoal e social;
  • Promover a inserção social e profissional de pessoas portadoras de deficiência ou NEE;
  • Contribuir para o desenvolvimento de competências de empregabilidade em públicos especialmente vulneráveis;

Este foi o caminho que escolhemos no sentido não deixar-mos ninguém para trás para que todos juntos possamos ter uma maior qualidade de vida e mais inclusiva.


O Amor Transforma tudo

Este é o lema da próxima campanha da Cáritas, que por acaso hoje despertou a minha atenção quando olhei para um outdoor de publicidade e pensei. Será que é mesmo assim? 
Na altura em que vivemos só pode ser assim. O amor ao próximo terá de transformar tudo e a todos. Temos que sentir essa mudança dentro do coração, pois existem tantos corações que precisam de amor e conforto, que só com amor e carinho podem ser transformados.

Estamos em plena transformação a todos os níveis: económicos, sociais e ambientais. Daí que o nosso desafio é enorme. E a nossa capacidade de adaptação será essencial para que a humanidade consiga sobreviver. Parece um cenário pouco animador, mas é o real. E quando a realidade se apresenta aos nossos olhos de uma forma nua e crua, só temos uma coisa a fazer. Encarrar de frente e trabalhar para que a mudança aconteça.
Foi o que aconteceu com a criação deste projeto que parece pequeno, mas tem uma missão gigante. Provavelmente nem todos conseguiram alcançar o que nos move, o que fazemos, porque o fazemos e para quem fazemos. São muitas as premissas de trabalho. Mas como diz o poeta tudo vale a pena quando a alma não é pequena. E acreditem a nossa é gigante, tão gigante que quer sempre fazer mais e melhor. 
Tudo começou com uma palavra, como todos sabem. Aliás pensando bem duas. Upcycling e Social. São estas duas palavras que nos movem. E tudo nasceu assim, até que a nossa perceção aumentou e a noção que podemos ir mais além também. O nosso trabalho de uma forma ainda que pequena, começa a dar passos para a transição de uma economia linear para uma economia circular. 
Um novo modelo económico proposto para o futuro que assenta em pilares e paradigmas bem diferentes daqueles que estamos habituados a viver. Nos nossos dias compramos alguma coisa, usamos e vai para ao lixo quando não queremos mais. Isto é a economia linear. Na economia circular é o inverso. E chegamos aqui pois as alterações climáticas, as questões sociais e económicas obriga-nos a olhar para o futuro com outros olhos. Com os olhos da circularidade, onde se encontre um equilíbrio para o bem de todos: para o ambiente, para a sociedade e para a economia. 
Falar de economia circular é falar de amor por todos e para todos. Por isso só o amor nos pode salvar. Para quem ainda não sabe muito bem o que é isto da economia circular acompanhem o próximo post aqui no blogue.
Nós já estamos a trabalhar para uma economia circular. Quem se quer juntar a nós?

Oficinas Sociais de Upcycling

O que são estas oficinas e qual é a sua importância para todos nós?

Biosfera Episódio 14 - de 11 Abr 2019 - RTP Play - RTP


Muito mais que eliminar resíduos, o upcycling para nós quer transformar pessoas. 

Existe um ditado chinês que diz "em vez de lhe dares o peixe, ensina-o a pescar", nada mais adequado ao trabalho que temos vindo a desenvolver. De que adianta eu dar uma peça transformada se não ensinar como se a transforma.

De que adianta eu querer reduzir resíduos se não conseguir demonstrar às pessoas a capacidade que eles podem ter?  Pois é nesta lógica que desenvolvemos uma educação ambiental criativa e social. Social pois os grupos com os quais trabalhamos, são grupos vulneráveis que precisam de ser capacitados e adquirir um conjunto de competências e desenvolver capacidades para que consigam ser inseridos novamente na sociedade.

É este o objetivo destas oficinas sociais. Se conseguimos transformar resíduos, também conseguimos transformar pessoas e dar-lhes novas oportunidades. 

É uma forma de envolver comunidades mais carenciadas em processos de maior valor acrescentado de forma a conseguirmos uma mudança efetiva.

Para perceberem a importância destas oficinas, um dia lancei um desafio a um grupo de Utentes da Unidade de Psiquiatria Forense do Hospital Magalhães Lemos. O desafio era escreverem um texto sobre a importância do upcycling?

Deixo-vos aqui um testemunho de um dos utentes com quem trabalhamos: "O upcycling é muito importante para mim porque me ajuda a perceber o quanto é urgente cada um de nós fazer-mos. O que nos é possível para salvar o planeta. Sim, somos um grupo pequeno, mas são as minorias que fazem movimentar o mundo. Se cada pessoa deste pequeno mundo dê-se o seu contributo em prol da salvação do planeta, com certeza que as  vindouras nos iriam ficar eternamente gratas, pelo fato deste planeta ter condições de habitabilidade. É urgente parar, pensar e não sacrificar os recursos porque são cada vez mais escassos. Ter em atenção o consumismo, que por vezes é tão desnecessário, mas só porque nos apetece, aderimos ao consumo, sem pensar se seria mesmo necessário" - Utente das oficinas sociais.

Acham que é preciso dizer mais alguma coisa? Eu penso que não, o que realmente é urgente perceber, e que o utente tão bem explicou, é que precisamos de parar e fazer o nosso melhor pela humanidade.

Este utente deixou-se apaixonar pelo upcycling e transformou-se.

E vocês que pensam fazer?

Vamos todos começar a escrever uma nova história. Quem começa... era uma vez,



Inauguração do projeto Once Upon a Time01-02-2019© 2019 Paulo Figueiredo. Todos os direitos reservados.Desenvolvido por Webnode

Upcycling é um conceito que não é novo mas inovador. A forma como olhamos para o que nos rodeia pode fazer toda a diferença. Vivemos num mundo onde o planeta precisa de nós a cada segundo que passa. Ele grita por ajuda. Precisa que todos juntos cuidemos dele.

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